Lisboa, 27 de julho de 2020: O WindFloat Atlantic está agora totalmente operacional e já está a fornecer energia limpa à rede elétrica portuguesa. Após a ligação da última das três plataformas ao cabo de 20 quilómetros que liga o parque eólico à estação instalada em Viana do Castelo (Portugal), a construção do parque está concluída. O WindFloat Atlantic, com uma capacidade instalada total de 25 MW, destaca-se por ser o primeiro parque eólico flutuante semi-submersível domundo capaz de gerar energia suficiente para fornecer o equivalente a 60.000 utilizadores por ano, representando uma economia de quase 1, 1 milhões de toneladas de CO2.
Assim, confirma-se o sucesso do projeto iniciado pelo consórcio Windplus há uma década, garantindo o acesso aos melhores recursos eólicos em profundidades marítimas anteriormente inacessíveis. O Windplus conseguiu instalar e conectar com sucesso três plataformas - com uma altura de 30 metros e uma distância de 50 metros entre colunas - que albergam as turbinas eólicas de 8,4MW, as maiores do mundo já instaladas numa superfície flutuante.
O sucesso deste projeto reside na tecnologia: por exemplo, a ancoragem, que permite a instalação em águas com mais de 100 metros de profundidade, e o design, que garante a estabilidade em condições climáticas emarítimas adversas. O projeto beneficia da tecnologia demontagem:montagem em doca seca, que permite poupanças em termos logísticos e económicos significativos, e reboque das plataformas através dos rebocadores atuais.
Estes avanços técnicos, entre outros, destacam a capacidade do modelo Windfloat Atlantic de ser replicado a outras geografias com fundos marinhos desfavoráveis ou profundezas do mar que não permitem optar pela tecnologia eólica offshore tradicional fixada no fundo.
O projeto pertence à Windplus, que é propriedade conjunta da EDP Renováveis (54,4%), Engie (25%), Repsol (19,4%) e Principle Power Inc. (1,2%). A instalação conta com três turbinas eólicas montadas sobre plataformas flutuantes ancoradas com correntes ao fundo do mar a uma profundidade de 100 metros. A tecnologia utilizada no projeto WindFloat ® minimiza o impacto no meio ambiente e facilita o acesso a recursos eólicos por explorar em águas profundas.
As plataformas foram construídas entre os dois países da Península Ibérica: duas delas nos estaleiros de Setúbal (Portugal) e a terceira nos estaleiros de Avilés e Fene (Espanha).
Esta iniciativa contou com o apoio de instituições públicas e privadas, o que se traduziu na participação de empresas líderes nos seus mercados e no apoio, via financiamento, do Governo de Portugal, da Comissão Europeia e do Banco Europeu de Investimento.
Entre as companhias que tornaram possível a realização deste projeto destacam-se, além da Principle Power, a joint-venture Navantia/Windar, o grupo A. Silva Matos, Bourbon, o fornecedor de turbinas MHI Vestas e o fornecedor de cabos dinâmicos JDR Cables.
O projeto Windfloat Atlantic representa, assim, um marco para o setor, dado que se trata do primeiro parque eólico flutuante semi-submergível do mundo.
Dado que pode estar em águas muito profundas, o WindFloat® pode aceder a recursos energéticos em áreas marinhas muito amplas para abordar desafios sociais de grande dimensão, como a transição para energia limpa, a segurança da energia e as alterações climáticas, ao mesmo tempo que gera postos de trabalho, crescimento económico e oportunidades para o investimento sustentável.
As vantagens desta tecnologia são, entre outras, o facto de que a sua montagem seja feita em seco, que não seja necessária uma embarcação de transporte específica para o seu reboque e não depender de complexas operações offshore associadas à instalação das estruturas fixas tradicionais. Estes fatores contribuem para reduzir os custos associados ao ciclo de vida e aos riscos.
Assim, as plataformas WindFloat® também permitem albergar os maiores aerogeradores comercializados do mundo, o que contribui para incrementar a geração de energia e fomenta uma redução considerável dos custos associados ao ciclo de vida.
A EDP Renováveis (Euronext: EDPR) é líder mundial no setor das energias renováveis e o quarto produtor mundial de energia eólica. Com uma carteira de projetos em desenvolvimento sólida, ativos da máxima qualidade e uma capacidade de exploração líder do mercado, a EDPR registou um excelente desenvolvimento nos últimos anos e já está presente em 14 mercados internacionais (Bélgica, Brasil, Canadá, Colômbia, França, Grécia, Itália, México, Polónia, Portugal, Roménia, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos).
A EDPR é uma entidade comprometida com os avanços sociais em matéria de sustentabilidade e integração. Faz parte do índice Bloomberg de Igualdade de Género e tem o certificado Top Employer 2020 na Europa (Espanha, Itália, França, Roménia, Portugal e Reino Unido), ambos os galardões como reconhecimento das suas políticas dirigidas aos seus colaboradores.
A Energias de Portugal, S.A. («EDP»), o principal acionista da EDPR, é uma empresa elétrica internacional líder na criação de valor, inovação e sustentabilidade. A EDP fez parte do índice Dow Jones Sustainability 13 anos consecutivos.
O grupo é uma referência mundial em energia e serviços baixos em carbono. Em resposta à urgência das alterações climáticas, a nossa ambição é sermos líder mundial na transição para zero emissões de carbono "como serviço" para os nossos clientes, em particular empresas globais e entidades locais. Confiamos nas nossas atividades chave (energia renovável, gás, serviços) para oferecer soluções competitivas completas.
Com os nossos 170.000 trabalhadores, clientes, sócios e acionistas, somos uma comunidade de Imaginative Builders, comprometidos todos os dias com um progresso mais equilibrado.
Com um volume de negócios de 60.100 milhões de euros em 2019, o grupo está cotado nas bolsas de Paris e Bruxelas (ENGI) e está representado nos principais índices financeiros (CAC 40, DJ Euro Stoxx 50, Euronext 100, FTSE Eurotop 100, MSCI Europe) e índices não financeiros (DJSI World, DJSI Europe e Euronext Vigeo Eiris - World 120, Eurozone 120, Europe 120, France 20, CAC 40 Governance).